segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Tia Z..

Do sorriso ao silêncio, é assim a frágil flor da vida.
De um turbilhão incansável de desejos, sonhos, esperanças e lembranças nasce o despertar para a inocência de um fim.
Xiiu, faça silencio!!
Peça frágil é o que somos!
E estamos a cada segundo vulneráveis ao cheque-mate de um andar “na casa” errada, e após essa jogada, essa escolha, FIM.
Lembro-me sempre daquele sorriso e o acenar de mãos!
Um simples tchau pela janela da cozinha, sentada em seu baú de lenha, gesto sincero, que me alegrava as tardes..
Agora, ao voltar, se faz vazio! Na janela, apenas o vidro, sem mais o sorriso e o acenar de mãos...
Tudo o que já se foi, une-se no presente, lembranças, gargalhadas, brigas... Adeus...
Bem que diz o velho ditado, só damos valor quando perdemos, e quando vamos perceber?
Será essa a nova fase? Será que a “vida” é apenas uma preparação para a tal “morte”!?
Apenas fica claro, nessa tarde escura, que as conversas na cozinha com seu cigarro aceso não mais existirão, foi o ultimo abraço, a ultima tragada...
Na janela, apenas o silêncio...
E como dói esse silencio...